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4 Torres do Merujal + São Pedro Velho

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Trail stats

Distance
3.04 mi
Elevation gain
768 ft
Technical difficulty
Difficult
Elevation loss
768 ft
Max elevation
3,542 ft
TrailRank 
72 5
Min elevation
2,888 ft
Trail type
Loop
Time
3 hours 25 minutes
Coordinates
830
Uploaded
March 20, 2022
Recorded
March 2022
  • Rating

  •   5 2 Reviews

near Merujal, Aveiro (Portugal)

Viewed 312 times, downloaded 18 times

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


PANORÂMICA DA ALDEIA DO MERUJAL

- Este trilho tem por base uma ideia de M. MOREIRA AZEVEDO, a quem desde já agradeço o desafio. Basicamente consiste em realizar um percurso que ascende aos 4 domos rochosos de granito (Torres) que circundam o Parque de Campismo do Merujal, acrescentando ainda o quinto e mais elevado de todos, onde se encontra o Vértice Geodésico de São Pedro Velho (e respetiva estrutura / miradouro);
- Por ser um desafio que implica "trepar" rochas usando mãos e pés como apoio (não há necessidade de material técnico), o grau de dificuldade foi considerado difícil, pois não se recomenda a quem sofra de vertigens ou tenha dificuldades de locomoção em superfícies altamente irregulares. Além disso, esta "aventura" apenas é recomendada em dias secos, em que a rocha granítica esteja realmente seca de forma a proporcionar o atrito necessário, caso contrário tornar-se-á extremamente perigoso, pois algumas passagens são muito inclinadas;
- Trilho circular, sem marcações, com início e fim junto ao Parque de Campismo do Merujal (opcional). Seguiu-se no sentido dos ponteiros do relógio por se considerar ser o sentido mais acessível, sobretudo nas descidas;
- Saindo da entrada principal do Parque de Campismo, junto ao café / restaurante Refúgio da Freita, desceu-se a rua alcatroada e virou-se à direita, pela M511, para umas dezenas de metros à frente cortar novamente à direita, entrando agora em terreno pedregoso para se "atacar" a 1ª Torre. A ascensão não é complicada e, atingido o cume, a ligação com a 2ª Torre faz-se numa curta distância. Estes dois domos graníticos são os mais acessíveis de todo o conjunto. Após se atingir o cume da 2ª Torre, desce-se novamente até à M511, a qual se cruza para se dar início à ascensão ao miradouro de São Pedro Velho, o mais elevado dos 5 domos (Torres). Por ser um local emblemático e com condições para se desfrutar das incríveis vistas panorâmicas que a serra da Freita oferece, merece que se faça aqui uma pausa mais prolongada, ainda que só se tenha percorrido um terço do percurso. A descida deste miradouro faz-se sem dificuldades, até se chegar à zona de lameiros agrícolas de Albergaria da Serra, local onde se tem uma perspetiva panorâmica do conjunto das 4 Torres mais o São Pedro Velho. Desse ponto até ao topo da 3ª Torre é curta a distância. No entanto, refira-se que tanto a 3ª como a 4ª Torre são as que apresentam mais dificuldades na ascensão, pois as rochas a transpor são mais inclinadas e obrigam a algum equilíbrio, cuidados redobrados e atenção constante para se evitarem acidentes graves. A ligação entre as duas últimas Torres é tranquila, assim como o troço final, embora este apresente alguma vegetação que obriga a escolher a melhor via no terreno;
- Este percurso, conforme já referi, não apresenta marcações. Por conseguinte, embora o mesmo se possa fazer de forma intuitiva medindo as acessibilidades no próprio terreno, aconselha-se o uso do GPS;
- Misto de trilhos de pé posto, caminhos de terra mas, essencialmente, terreno pedregoso;
- Trilho com características difíceis, tendo em conta os declives acentuados e a necessidade de constantemente se estar a "trepar" cabeços graníticos. Não é um trilho longo mas é um percurso com alguma complexidade, pelo que é necessária boa capacidade física para vencer os vários desafios que vão surgindo. Para quem estiver habituado a percursos em altitudes elevadas ou a escalar, este trilho nada tem de complicado. Mas para quem costume caminhar em terrenos mais regulares, ascender às 4 Torres mais São Pedro Velho pode ser um desafio doloroso e bastante perigoso. Além disso, se chover, com vento e neblina, estas condições tornam esta aventura impraticável;
- No seu todo é um percurso desafiante, muito bonito e com vistas panorâmicas excelentes. Para quem gosta de desafios, esta é uma boa experiência. E no final pode-se sempre comer uma excelente sopa quente no Refúgio da Freita (basta avisar antes de começar a aventura).


ENCOSTA DE SÃO PEDRO VELHO (PORMENOR DO PERCURSO)

Outros percursos realizados nesta região:
Encosta Norte da Freita
Trilhos da Freita I
Trilhos da Freita II
Trilhos da Freita: do Merujal a Trebilhadouro
Trilhos da Freita / Arada
Trilhos da Freita: PR16 (caminhada NOTURNA)
Trilhos da Freita (Caminhos do Sol Nascente, Ouro Negro e Carteiro em anel)
Pela Serra da Freita
Planalto da Freita I
Planalto da Freita II (invernal)
Caminhada invernal
PR1 SPS - Rota de Manhouce (alargado)
PR3 ARC - Caminhos do Sol Nascente
PR4 Cercanias da Freita (alargado)
PR6 ARC - Caminho do Carteiro
PR15 Arouca
PR16 ARC - Caminho Exótico
Pela serra do Arestal: de Pontemieiro à Poça dos Cravos
Freita Treking 2016 (1ª parte)
Freita Treking 2017 (1ª parte)
Freita Treking 2017 (2ª parte) - Troço Paraduça - Cabrum - Felgueira
Freita Treking 2018 (2ª parte)
Freita Treking 2019 (1ª parte)


PANORÂMICA DA TORRE 2 E DE SÃO PEDRO VELHO

- ESTAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DO MERUJAL
A Estação da Biodiversidade (EBIO) do Merujal localiza-se em plena Serra da Freita e é composta por nove painéis informativos sobre a riqueza biológica existente. Com início junto ao Parque de Campismo do Merujal, a EBIO atravessa, ao longo de 1,7 km de extensão, diversos tipos de habitats terrestres (pinhal, matos, bosquetes de carvalhal) e dulçaquícolas (ribeiras e turfeiras), terminando próximo do geossítio Frecha da Mizarela. Nestes habitats encontrará diversas espécies endémicas, raras ou comuns de fauna (como Rana iberica, Calopteryx virgo, Podarcis hispanica), de flora (como Crocus carpetanus, Narcissus bulbocodium, Gentiana pneumonanthe) e de fungos (como Lobaria pulmonaria, Lobaria amplissima, Amanita muscaria).


(PORMENOR DO PERCURSO)

- SERRA DA FREITA
Erguendo-se como um gigante sobre a vila de Arouca, a Freita estende o seu manto verde por terras de Arouca, São Pedro do Sul e Vale de Cambra. A sua magia, o seu encantamento fácil, o ar de paraíso perdido que vai deixando transparecer a quem nela se embrenha, fazem da «Serra Encantada» um dos pontos de passagem e paragem obrigatórias do Arouca Geopark. Atravessar os seus caminhos significa ir ao encontro de pontos da história destas terras, como a Mamoa da Portela da Anta, de pequenas aldeias que se encaixam na paisagem, de fenómenos únicos no mundo, como as Pedras Parideias, e de paisagens de cortar a respiração, como junto à Frecha da Mizarela. Ao longo do planalto, encontramos 17 dos 41 geossítios do Arouca Geopark, condições únicas para a prática de alguns desportos de aventura e percursos pedestres que nos guiam pela beleza singular desta serra.
A serra da Freita faz parte do Maciço da Gralheira, juntamente com a serra da Arada (1.057 metros) e do Arestal (830 metros). Alguns dos seus cumes ultrapassam os 1.000 metros de altura, albergando espécies raras de fauna e flora, algumas em vias de extinção. O coberto vegetal é predominantemente constituído por urze e carqueja e, nas zonas de encosta, por pinheiros, carvalhos, medronheiros e azevinho. Para além do rio Caima, nascem nesta serra múltiplos ribeiros que desaguam nos rios Paiva e Arda. Apesar de ser uma zona com muita afluência turística nos meses de verão, é considerada uma das melhores zonas do litoral norte para observação de aves de montanha.


PANORÂMICA DA MIZARELA E RADAR METEOROLÓGICO DE AROUCA

- MACIÇO DA GRALHEIRA
Serra da Gralheira, ou Maciço da Gralheira, são designações atribuídas a um conjunto montanhoso acidentado e situado no distrito de Viseu. Desta cadeia de montanhas fazem parte a Serra da Freita, a Serra da Arada, a Serra do Arestal e a Serra de São Macário. Este complexo conjunto de elevações encontra-se situado entre o rio Douro, o rio Paiva e o Sul do rio Vouga. Este sistema montanhoso, muito regular, é inteiramente talhado no granito.
A noroeste do Maciço desenvolve-se uma área muito diferente formada por uma sucessão de vales profundos e alinhamentos montanhosos, dispostos segundo os rumos hercínicos. A Sueste da cadeia montanhosa todas as cristas parecem reunidas por uma outra, transversal, formada por uma série de arcos sucessivamente côncavos e convexos em relação ao resto do maciço. De Nordeste para Sudoeste distinguem-se três ou quatro cristas de orientação rectilínea, separadas por dois vales similarmente com a mesma nítida orientação:
. O vale sinuoso do Paiva;
. A crista, muito aguçada, de Monte Redondo (a 950 metros de altitude) a Pedra-de-Água (a 761 metros de altitude);
. O vale da Ribeira de Covas do Rio, São Pedro do Sul;
. O alinhamento de Drave (a 99l metros de altitude) a Couto Agudo (a 952 metros de altitude);
. O vale da Ribeira de Paivô;
. A linha do alto das Chãs, na Serra da Arada (a 1.119 metros de altitude), o alto da Cabria (a 1.073 metros de altitude), a Cabrita (a 1.067 metros de altitude), separada por um pequeno afluente do Paivô, entre os picos da Arada (a 1.057 metros de altitude) e Chãs (a 1.116 metros de altitude). A cumeada transversal descreve uma série de arcos que reúnem as diversas cristas. A linha da cadeia montanhosa serve de divisória das águas que correm para o rio Paiva, a Noroeste, e para o Sul, a Sudeste.


PANORÂMICA DA TORRE 3, DO ALTO DA TORRE 4

Waypoints

PictographWaypoint Altitude 2,959 ft
Photo ofPedra Boroa Photo ofPedra Boroa

Pedra Boroa

As pedras boroas enquadram-se num dos relevos residuais graníticos do planalto da serra da Freita. Exibem uma fissuração poligonal bem expressiva. As fissuras poligonais encontram-se bem individualizadas e estendem-se por toda a superfície verticalizada destes blocos. Apresentam geralmente 5 a 6 lados não regulares e apenas alguns centímetros de profundidade. De acordo com os geomorfólogos a génese e evolução destas geoformas envolve a associação de processos sub-superficiais e sub-aéreos. Este tipo de modelado terá tido início sub-superficialmente e com uma relação direta com a estrutura da rocha, conforme se pode observar nas fissuras já bem definidas desenvolvidas em fraturas verticais deste relevo residual. Esta rede de fraturas/fissuras permite a circulação de água, que propicia a ocorrência de processos físico-químicos, e a progressão da meteorização e erosão, que tem continuidade com a exposição sub-aérea dos blocos.

PictographSummit Altitude 3,166 ft
Photo of1ª Torre Photo of1ª Torre Photo of1ª Torre

1ª Torre

PictographSummit Altitude 3,536 ft
Photo ofSão Pedro Velho Photo ofSão Pedro Velho Photo ofSão Pedro Velho

São Pedro Velho

A paisagem que a vista alcança a partir de São Pedro Velho é imponente. Um olhar sobre o Norte permite observar o majestoso vale de Arouca, as elevações do Gamarão, o vale do Paiva, a serra de Montemuro, o vale do Douro e as demais serranias a norte deste rio, como as de Valongo e as minhotas até ao Gerês. Rodando o olhar, na direção Sul, o vale do Vouga, a serra do Caramulo, o vale do Mondego e a serra da Estrela. E quando parece que a vista já alcançou tudo, há ainda na direção ocidental uma franja de mar, que se estende aproximadamente desde a Póvoa de Varzim até à serra da Boa Viagem (Figueira da Foz), com particular destaque para os braços da ria de Aveiro. Imperdível. Em S. Pedro Velho, encontrará um vértice geodésico de 1.ª Ordem, constante da Rede Geodésica Nacional, com data de 1955. De acordo com a cartografia militar, este marco define uma altitude de 1077 metros, um dos pontos mais altos da serra da Freita. Na verdade, esta posição altaneira deve-se ao facto de localizar-se sobre um domo rochoso de granito da serra da Freita, uma rocha dura e resistente, face à erosão provocada pelos agentes de geodinâmica externa que aqui atuam. É, por isso, que a partir desta geoforma granítica é possível obter-se uma panorâmica de 360 graus para grandes unidades geomorfológicas que a rodeiam e se estendem por todo o norte e centro de Portugal continental, bem como, sobre a superfície aplanada da serra da Freita. Na superfície plana da serra, destacam-se inúmeras aldeias tradicionais, que vão bordando a paisagem do planalto, o santuário da Senhora da Laje, as múltiplas linhas de água que se unem para formar o rio Caima, o Parque Eólico da serra da Freita, a maioria dos restantes geossítios integrados neste itinerário e outros locais de interesse natural e cultural, identificados nos painéis interpretativos da paisagem que aqui encontramos.

PictographPanorama Altitude 3,082 ft
Photo ofPanorâmica das 4 Torres + São Pedro Velho Photo ofPanorâmica das 4 Torres + São Pedro Velho Photo ofPanorâmica das 4 Torres + São Pedro Velho

Panorâmica das 4 Torres + São Pedro Velho

Neste ponto vislumbra-se perfeitamente os 4 domos graníticos, vulgo 4 Torres, mais o São Pedro Velho. Se nos virarmos na direção do Parque de Campismo do Merujal, e formos rodando no sentido direito, vemos a 1ª e 2ª torre (foto1), o São Pedro Velho (foto 2), a 3ª torre (foto 3) e a 4 torre (foto 4).

PictographSummit Altitude 3,220 ft
Photo of3ª Torre Photo of3ª Torre Photo of3ª Torre

3ª Torre

PictographSummit Altitude 3,145 ft
Photo of4ª Torre Photo of4ª Torre Photo of4ª Torre

4ª Torre

PictographWaypoint Altitude 0 ft

Refúgio da Freita

PictographSummit Altitude 0 ft
Photo of2ª Torre Photo of2ª Torre Photo of2ª Torre

2ª Torre

Comments  (4)

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Apr 10, 2022

    I have followed this trail  View more

    Sem dúvida que foi uma grande aventura!! Houve momentos que estive para desistir, mas ainda bem que não o fiz, pois a sensação final de prova superada valeu todo o esforço. Muito bom! E difícil, também!! Abraço.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Apr 10, 2022

    Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
    Esta aventura foi realmente fantástica, embora não seja de forma alguma fácil.
    Mas que valeu a pena, se valeu! Grande abraço!!!

  • Photo of _BIO_RAIA_
    _BIO_RAIA_ Apr 10, 2022

    Deve ser uma bela aventura!!! Numa oportunidade, irei experimentar. Abraço!!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Apr 11, 2022

    Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
    É mesmo uma aventura e muito boa!!! Grande abraço.

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