12 A Costa dos Anéis ooo Porto das Barcas - Forte de Paimogo

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O percurso

Para as etapas 10, 11 e 12 da Costa dos Anéis, a nossa base foi o cosy Moínho do Roque, ali na zona da Areia Branca. E como esta etapa passa mesmo à porta, não pegamos no carro: iniciamos a caminhada no moínho e logo pouco depois descíamos à praia (extremo do Areal Sul), seguindo um trilho que tínhamos porspectado na noite da nossa chegada ao alojamento.

A manhã estava mais agradável que as anteriores: no máximo o vento sopraria com 15 km/h e a temperatura rondava os 17ºC. Foi com uma bonita luz matinal que corremos o longo areal até que na Praia da Areia Branca, com uns 2km andados, subimos, passamos junto das escolas de surf e da Pousada de Juventude, e começamos a bordejar a falésia.

Depois do troço junto da falésia, acabamos por descer à praia do Paimogo, onde descansamos um pouco, a gozar a excepcional paz e beleza do dia e comer fruta.

No final da praia, uma confortável rampa leva-nos até ao parque de estacionamento; daí até ao Forte fizemos de cabras, embora quem não estiver disposto a tal pode subir por estrada.
O forte é curioso, vale a pena a visita àquele local proeminente - e é um bom sítio para as minhas futuras fotos do céu nocturno.

O asfalto da Estrada do Paimogo foi a nossa pista para sair dali, mas depois fomos alternando, troços de terra batida e outros em asfalto; até que chegamos à igreja do Seixal, onde aproveitamos umas escadinhas sem movimento para fazer o nosso almoço.

A alternância de asfalto e terra batida continuou. Atarvessamos a ponte sobre o rio Grande, depois veio Montoito, Atalaia, e sem sacrifício chegamos à descida para o Porto das Barcas, onde termináramos no dia anterior; em vez de a descer, tomamos o caminho à nossa direita, e depois de passar a última casa, descemos ao campo até atravessar uma vala, e subir do outro lado de novo para uma zona com algumas casas de veraneio. Seguimos a falésia e em breve econtrávamos a descida para a Praia da Peralta.

O dia continuava doce, uma luz de encanto. Um pescador tentava pachorrentamente a sua sorte no mar calmo, quem sabe se as águas que se espraiavam em alva espuma não lhe trariam alguma dourada, um robalo ou um saboroso sargo. Não resisti. Dormi um pouco ao som ritmado e leve das ondas de Setembro. Na verdade a sesta era estratégica, pois estávamos a dar tempo a que a maré baixasse, por forma a passar sem molhar as botas no esporão de blocos caídos que separa este areal do Areal Sul.
ssim aconteceu, e de pés secos logo depois desse esporão tomamos a subida que em cinco minutos nos levou de novo ao Moínho do Roque, onde o carro já preparado, esperava para nos levar de volta a casa.


Forte de Paimogo

O Forte de Paimogo (ou Nossa Senhora dos Anjos de Paimogo) foi construído em 1674 por ordem do Marquês de Marialva (D. António Luís de Menezes, Conde de Cantanhede), um dos heróis das guerras da Restauração. O local, e a praia, são de fácil acesso, impunha-se ali uma defesa - que se integrava na segunda linha defensiva fortificada, que começava na Praça Forte da vila de Peniche e se estendia até à Barra do Tejo. Em 1808 protegeu o desembarque de tropas inglesas (Comandadas por Wellington) que vieram reforçar a resistência contra os Franceses.
A zona é muito importante do ponto de vista paleontológico, sendo fértil em ninhos de dinossauros do Jurássico superior.




Praia da Peralta

Indiscutívelmente bonita a descida à praia, e igualmente bonito o troço do areal onde desemboca, a não perder. Aqui naufragou o galeão São Nicolau em 7 de Janeiro de 1642.

Tinha-se feito ao mar na véspera, a partir da barra de Lisboa, integrado numa armada comandada pelo general Tristão de Mendonça, em direcção aos Açores com o intuito de socorrer a Ilha Terceira, então em poder dos Espanhóis....
As tropas incluiam elementos holandeses que à última hora resolveram abandonar o seu compromisso. Entretanto sobreveio uma tempestade, e o São Nicolau, demasiado pesado, teve de lançar ferro perto da Praia. Os homens cosntruiram jangadas, mas as rochas partiram a maior parte delas, salvaram-se apenas 32 vidas, e perderam-se 140.
O madeiramento do navio ainda vive e recorda essa perda, foi aproveitado para a reconstrução do Convento de Santo António, na Lourinhã, e a figura imponente da embarcação ficou para sempre no brasão da freguesia de Atalaia



Etapas já feitas e respectivos links, se já publicados:

• 01 A Costa dos Anéis ooo Algés > Estoril (Tamariz) 18.2 km
• 02 A Costa dos Anéis ooo Estoril (Tamariz) > Forte do Guincho (Abano) 23.1 km
• 03 A Costa dos Anéis ooo Cabo da Roca > Forte do Guincho (Abano) 16.3 Km
• 04 A Costa dos Anéis ooo Cabo da Roca > Azenhas do Mar 21.7 Km
• 05 A Costa dos Anéis ooo Azenhas do Mar > Ribeira da Mata (Samarra) 22.4 Km
• 06 A Costa dos Anéis ooo Ribeira da Mata (Samarra) > Ericeira 25.0 Km
• 07 A Costa dos Anéis ooo Ericeira > Praia de São Lourenço 14.3 Km
• 08 A Costa dos Anéis ooo Praia de São Lourenço > Porto da Assenta 22.2 Km
• 09 A Costa dos Anéis ooo Santa Cruz > Porto de Assenta 26.5 Km
• 10 A Costa dos Anéis ooo Santa Cruz > Praia das Conchas 21.4 Km
• 11 A Costa dos Anéis ooo Porto das Barcas > Praia das Conchas 17.5 Km
• 12 A Costa dos Anéis ooo Porto das Barcas > Forte do Paimogo 18.2 km
• 13 A Costa dos Anéis ooo Forte do Paimogo > Peniche
• 14 A Costa dos Anéis ooo Península de Peniche
• 15 A Costa dos Anéis ooo Peniche > Praia de Rei Cortiço

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