08 A Costa dos Anéis ooo Praia de São Lourenço - Porto da Assenta
near Ribamar, Lisboa (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Um percurso circular como eu gostaria que fossem todos os aneis deste projecto: próximo da forma de um círculo e não de uma esticadinha oval. Assim temos oportunidade de combinar, na mesma etapa, paisagens bem diferentes - as do interior rural e as da costa alcantilada.
Sem passar por qualquer ponto de destaque, o dia valeu mesmo pela paisagem e pelo bom tempo que nos acompanhou.
Continuando sediados em Ribamar, a opção foi, claro, não pegar no carro. Saímos das Casas da Villa e fomos directos ao parque de merendas e daí descemos o mesmo carreiro percorrido na etapa anterior, para chegar ao verdadeiro ponto de partida deste oitavo anel.
Dali, muito perto da praia de São Lourenço, víamos já o pesado banco de nevoeiro que tomava conta da faixa costeira. Tomamos então a melhor das decisões: fazer o anel ao contrário, primeiro o lado terra, e no extremo norte do anel regressar a São Lourenço pela costa.
Assim, logo que alcançamos o rio Safarujo, metemos pelo Caminho dos Raposeiros.
Um percurso fresco e bonito, amieiros e canaviais sempre ao longo do leito do rio.
Depois o caminho prossegue, na borda da planura e dos campos de cultivo, a encosta de eucaliptos à nossa direita. Hortículas, fruta, vinha, há um pouco de tudo isso naquele vale fértil.
Mais adiante vamos subindo a meia encosta até que chegamos a um antigo e pitoresco lugar, um pouco antes de São Domingos. Parecem ser antigas casas dos quinteiros, respira-se ruralidade no pequeno recanto.
Depois descemos de novo aos campos, cruzamos o asfalto, atravessamos São Domingos, e entramos num estradão de saibro branco que nos fere os olhos. Ao longo de uma vinha sobe sempre, custa um pouco, o chão branco reflecte o calor e o ar está parado, a temperatura é de 27 graus... típico Setembro solarengo.
É um caminho sombrio e mais fresco que nos tira dali. Mas logo estamos de novo no calor, agora em asfalto. E segue-se um carrosel de sobe e desce sob o calor do meio-dia. Mesmo assim muito agradável, por serem tudo terras de cultivo.
Apanhamos um bocado da N247 e nos Casais da Areia viramos para a Assenta.
Foi só asfalto, a direito, até ao parque de merendas, mesmo pegado ao antigo posto da Guarda Fiscal, já sobre o Porto da Assenta. Pelo caminho, na povoação, há café e abastecimentos.
No pequeno "terraço" da área de merendas, há uma imagem de nossa senhora comemorativa da passagem da (Senhora do Cabo? estou ainda a averiguar)
Com vista para o azul do mar, há duas mesas cobertas, sentamos para comer a nossa merenda e fazer o café.
Depois da pausa retomamos e logo fomos encontrar o farol da Assenta, uma pequena construção para segurar a luz que guia os homens da mar à salvação da terra firme.
Depois vamos descer à praia da Assenta Sul, ou praia do Barril, e subir a outra encosta. Pouco depois estamos no marco geodésico de Barcide (146.46m). Aqui vale a pena tirar os olhos da fascínio das arribas, para contemplar também o interior, larga paisagem que nos encanta igualmente:
Mais adiante passamos um mamarracho, não sei o que pretende ser, um longo prédio cujo terreno vedado quase nos veio cortar a passagem junto da arriba. Neste país continua a não se perceber que a faixa litoral e o mar são de todos, não podem ser apropriados por privados.
Nova descida, agora à praia da Calada. Antes de descer há um troço um pouco aventuroso junto da antiga estalagem, que há que trilhar com cuidado.
Para sair da praia optamos pela estrada, é um bocado menos agradável do dia, mas a alternativa implica subir um muito inclinado cano de escoamento de águas pluviais, já vi registos no wikiloc seguindo por aí. Como se não bastassem os elementos, o pisotear de caminheiros no terreno adjacente às meias manilhas vai forçosamente acelerar a sua destabilização, e considero que não devemos destruir a coisa pública.
E assim chegamos ao sossegado areal da praia de São Lourenço, depois foram mais umas centenas de metros até fechar o percurso.
A Costa dos Anéis
O projecto começou há muito, vai sendo concretizado sem pressas. Não há agenda, não sei nem quando nem onde termina.
A ideia é simples: partindo de minha casa em Algés rumo a Norte, sempre junto da água, cobrir a costa de percursos em anel. Os percursos tocam-se, pelo que quem quiser meter uma tenda às costas pode ignorar o "lado terra" de cada anel e seguir sempre à vista do Azul (não é legal acampamento nem bivouac em Portugal fora das áreas autorizadas, eu não disse nada 🙂 )
Todos os percursos são em anel menos o primeiro, porque não achei interesse algum e fechar anéis na zona urbana: por isso a primeira etapa é uma anel que se faz a pé de Algés ao Estoril e de comboio no regresso. Esta é também a etapa menos desafiante e menos documentada fotográficamente.
Quanto aos outros anéis, o início pode ser no extremo Norte ou, mais frequentemente, no extremo Sul. A escolha é ditada pelas nossas conveniências de momento ou, geralmente, por um pormenor logístico: lugar conveniente para estacionar a viatura.
Etapas já feitas e respectivos links, se já publicados:
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Sem passar por qualquer ponto de destaque, o dia valeu mesmo pela paisagem e pelo bom tempo que nos acompanhou.
Continuando sediados em Ribamar, a opção foi, claro, não pegar no carro. Saímos das Casas da Villa e fomos directos ao parque de merendas e daí descemos o mesmo carreiro percorrido na etapa anterior, para chegar ao verdadeiro ponto de partida deste oitavo anel.
Dali, muito perto da praia de São Lourenço, víamos já o pesado banco de nevoeiro que tomava conta da faixa costeira. Tomamos então a melhor das decisões: fazer o anel ao contrário, primeiro o lado terra, e no extremo norte do anel regressar a São Lourenço pela costa.
Assim, logo que alcançamos o rio Safarujo, metemos pelo Caminho dos Raposeiros.
Um percurso fresco e bonito, amieiros e canaviais sempre ao longo do leito do rio.
Depois o caminho prossegue, na borda da planura e dos campos de cultivo, a encosta de eucaliptos à nossa direita. Hortículas, fruta, vinha, há um pouco de tudo isso naquele vale fértil.
Mais adiante vamos subindo a meia encosta até que chegamos a um antigo e pitoresco lugar, um pouco antes de São Domingos. Parecem ser antigas casas dos quinteiros, respira-se ruralidade no pequeno recanto.
Depois descemos de novo aos campos, cruzamos o asfalto, atravessamos São Domingos, e entramos num estradão de saibro branco que nos fere os olhos. Ao longo de uma vinha sobe sempre, custa um pouco, o chão branco reflecte o calor e o ar está parado, a temperatura é de 27 graus... típico Setembro solarengo.
É um caminho sombrio e mais fresco que nos tira dali. Mas logo estamos de novo no calor, agora em asfalto. E segue-se um carrosel de sobe e desce sob o calor do meio-dia. Mesmo assim muito agradável, por serem tudo terras de cultivo.
Apanhamos um bocado da N247 e nos Casais da Areia viramos para a Assenta.
Foi só asfalto, a direito, até ao parque de merendas, mesmo pegado ao antigo posto da Guarda Fiscal, já sobre o Porto da Assenta. Pelo caminho, na povoação, há café e abastecimentos.
No pequeno "terraço" da área de merendas, há uma imagem de nossa senhora comemorativa da passagem da (Senhora do Cabo? estou ainda a averiguar)
Com vista para o azul do mar, há duas mesas cobertas, sentamos para comer a nossa merenda e fazer o café.
Depois da pausa retomamos e logo fomos encontrar o farol da Assenta, uma pequena construção para segurar a luz que guia os homens da mar à salvação da terra firme.
Depois vamos descer à praia da Assenta Sul, ou praia do Barril, e subir a outra encosta. Pouco depois estamos no marco geodésico de Barcide (146.46m). Aqui vale a pena tirar os olhos da fascínio das arribas, para contemplar também o interior, larga paisagem que nos encanta igualmente:
Mais adiante passamos um mamarracho, não sei o que pretende ser, um longo prédio cujo terreno vedado quase nos veio cortar a passagem junto da arriba. Neste país continua a não se perceber que a faixa litoral e o mar são de todos, não podem ser apropriados por privados.
Nova descida, agora à praia da Calada. Antes de descer há um troço um pouco aventuroso junto da antiga estalagem, que há que trilhar com cuidado.
Para sair da praia optamos pela estrada, é um bocado menos agradável do dia, mas a alternativa implica subir um muito inclinado cano de escoamento de águas pluviais, já vi registos no wikiloc seguindo por aí. Como se não bastassem os elementos, o pisotear de caminheiros no terreno adjacente às meias manilhas vai forçosamente acelerar a sua destabilização, e considero que não devemos destruir a coisa pública.
E assim chegamos ao sossegado areal da praia de São Lourenço, depois foram mais umas centenas de metros até fechar o percurso.
A Costa dos Anéis
O projecto começou há muito, vai sendo concretizado sem pressas. Não há agenda, não sei nem quando nem onde termina.
A ideia é simples: partindo de minha casa em Algés rumo a Norte, sempre junto da água, cobrir a costa de percursos em anel. Os percursos tocam-se, pelo que quem quiser meter uma tenda às costas pode ignorar o "lado terra" de cada anel e seguir sempre à vista do Azul (não é legal acampamento nem bivouac em Portugal fora das áreas autorizadas, eu não disse nada 🙂 )
Todos os percursos são em anel menos o primeiro, porque não achei interesse algum e fechar anéis na zona urbana: por isso a primeira etapa é uma anel que se faz a pé de Algés ao Estoril e de comboio no regresso. Esta é também a etapa menos desafiante e menos documentada fotográficamente.
Quanto aos outros anéis, o início pode ser no extremo Norte ou, mais frequentemente, no extremo Sul. A escolha é ditada pelas nossas conveniências de momento ou, geralmente, por um pormenor logístico: lugar conveniente para estacionar a viatura.
Etapas já feitas e respectivos links, se já publicados:
- 01 A Costa dos Anéis ooo Algés > Estoril (Tamariz) 18.2 km
- 02 A Costa dos Anéis ooo Estoril (Tamariz) > Forte do Guincho (Abano) 23.1 km
- 03 A Costa dos Anéis ooo Cabo da Roca > Forte do Guincho (Abano) 16.3 Km
- 04 A Costa dos Anéis ooo Cabo da Roca > Azenhas do Mar 21.7 Km
- 05 A Costa dos Anéis ooo Azenhas do Mar > Ribeira da Mata (Samarra) 22.4 Km
- 06 A Costa dos Anéis ooo Ribeira da Mata (Samarra) > Ericeira 25.0 Km
- 07 A Costa dos Anéis ooo Ericeira > Praia de São Lourenço 14.3 Km
- 08 A Costa dos Anéis ooo Praia de São Lourenço > Porto da Assenta 22.2 Km
- 09 A Costa dos Anéis ooo Santa Cruz > Porto de Assenta 26.5 Km
- 10 A Costa dos Anéis ooo Santa Cruz > Praia das Conchas 21.4 Km
- 11 A Costa dos Anéis ooo Praia das Conchas > Porto das Barcas
- 12 A Costa dos Anéis ooo Porto das Barcas > Forte do Paimogo
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Waypoints
Fountain
131 ft
Fonte (1948)
Bridge
74 ft
Ponte sobre o Safarujo
Summit
329 ft
Pontos mais alto do percurso
Picnic
259 ft
Zona de merendas do Porto de Pesca da Assenta
Comments (4)
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
I have mixed feelings about this trail. It has astonishing parts (along the cliff, some parts in the fields) but there are stages where you need to walk along the national road, with no sidewalk needless to say. Even if these are relatively short parts, it can be stressful and noisy. So 80% of the trail scenery I would rate for 4-5 stars, while 20% for 1-2.
Yes, mainly the last kilometer, to avoid dangerous cliffs and a rainwater drainage duct, is made along a busy road... :(
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Eu e a minha mulher, estamos a ficar adeptos dos seus aneis pela costa. Este foi desafiante pelas alturas pois a minha esposa tem vertigens. Passeio distinto, com uma primeira parte rural e a segunda pela costa. Adorámos. Obrigado pela partilha.
Muito obrigado, Viandante, que satisfeito fico. Essa diversidade é a ideia destes aneis. Mas como todos eles se se tocam, quem desejar pode seguir sempre junto da costa, integrando os troços costeiros de cada anel.
Abraço, boas caminhadas!