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03-02-2023 – Por terras de Colares

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Trail stats

Distance
5.84 mi
Elevation gain
1,184 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
1,184 ft
Max elevation
815 ft
TrailRank 
54
Min elevation
815 ft
Trail type
Loop
Time
3 hours 31 minutes
Coordinates
2673
Uploaded
February 12, 2023
Recorded
February 2023
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near Colares, Lisboa (Portugal)

Viewed 143 times, downloaded 7 times

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Itinerary description

03-02-2023 – Por terras de Colares

Com partida junto da Ermida de São Sebastião iniciamos o nosso percurso até ao Penedo, a Aldeia do Esprito Santo, onde, após pequeno desvio, foi efectuada a primeira paragem no “Ciclista” visando a toma de um café quentinho numa manhã “algo frescota”.

De regresso ao percurso seguimos pelo Caminho da Boca da Mata até a pequena ermida do Senhor do Rio Velho, próxima do Convento de Santa Ana da Ordem do Carmo, mais conhecido como Convento do Carmo (A). Daí seguindo por trilhos e estradões (onde por todo lado se viam inúmeras escorrências e até mesmo alguns pequenos riachos consequentes da invernia que se tem feito sentir por estas bandas) fomos até Gigaroz passando pela represa da Marquesa de Cadaval.

Chegando a Eugaria entramos na antiga Estrada nova da Rainha, actual Estrada Nacional 375, (vulgarmente conhecida como Estrada de Monserrate) que seguimos por pouco tempo pois certamente não muito mais de trezentos metros desviamos para a rua da Quinta do Vinagre (B) seguindo para o Vinagre pela Rua da Morgada do Vinagre e daí pela rua do Vinagre até à Rua de Sebastião, local onde tínhamos o nosso transporte.

Passeio calmo com vistas fantásticas.

ATENÇÃO: Imediatamente após a passagem do arco da quinta do Mazziotti que atravessa a estrada, o trilho segue pela esquerda pelo caminho denominado Rua da Costa, (um trilho que de rua nada tem), porem devido às fortes chuvas ocorridas desabou um dos muros laterais, não obstante a passagem por via pedonal se faça de forma simples, estou em crer que a passagem de bicicletas será bastante difícil, fica o conselho.

Tempo 3:32:04
Tempo em movimento 2:14:48

Velocidade média 2,6 kph

Velocidade média de deslocação 4,1 kph

☑ Leve o seu lixo consigo.
☑ Proteja o meio ambiente, todos saímos a ganhar.

S.I.



(A) Convento de Santa Ana da Ordem do Carmo, vulgo Convento do Carmo.
A origem do Convento do Carmo remonta a 1449, quando o sobrinho do Condestável D. Nuno Alvares Pereira, Frei Constantino Pereira deu começo, no Casal da Torre à edificação do cenóbio, num terreno doado àquela Ordem por Mestre Henriques, físico do Rei D. Duarte.
Pouco tempo depois do início das obras, os monges ao terem-se apercebido que aquele não era o local indicado para tal construção, abandonaram o inacabado convento e optaram por instalar-se numa outra propriedade que lhes foi concedida por Sebastião Vaz e sua mulher Inês Esteves, por escritura de 16 de julho de 1457, atestado pelo tabelião de Sintra Braz Anes. O novo terreno situava-se no termo da Vila de Colares, num local chamado Boca da Mata, e foi exatamente aí que os monges Carmelitas Calçados da Ordem do Carmo construíram um novo convento. Eleito, em 1508, Frei João de Santa Ana, deu um impulso significativo às obras em curso. Finalmente, em 1528, o Bispo D. Frei Cristóvão Moniz consagrou a igreja conventual, como aliás, podemos comprovar pela inscrição que consta na base de um cruzeiro no exterior do próprio.
Em 23 de agosto de 1612, o Bispo de Viseu, Leiria e Guarda, D. Dinis de Melo e Castro, obteve o padroado da capela-mor da igreja conventual com o objetivo de assegurar, para si e para os seus herdeiros, um lugar naquele espaço sagrado. Dois anos mais tarde, no dia 30 de janeiro de 1614, foi a vez de António Rodrigues da Rocha e de sua mulher Leonor Coelho, se constituírem padroeiros da Capela de Santa Ana, sendo mais tarde, sepultados na nave. Ainda no mesmo ano, a 7 de maio, foi sepultada na Capela de Santa Luzia, de quem era padroeira, Brites Vaz.
Na primeira metade do século XVII, a estrutura conventual assistiu a uma campanha de obras que a reedificou, quase na totalidade; o edifício foi também alvo de obras de beneficiação, sobretudo na capela-mor e nos claustros.
D. Dinis de Melo e Castro foi o principal impulsionador da reforma pós–tridentina de que o Convento foi alvo na primeira metade do século XVII. Havia, pois, que adaptar a igreja a uma nova estética que acompanhasse os novos tempos e a ideologia contra-reformista. Devido às obras então realizadas, o estilo arquitetónico do edifício enquadrar-se-á entre o maneirismo e o estilo-chão. O exterior apresenta-se despojado de qualquer motivo decorativo. A planta do cenóbio dispõe-se em L, ainda que irregular. A igreja, adossada ao edifício conventual, apresenta nave única e capelas laterais profundas. A fachada principal apresenta-se delimitada por dois contrafortes laterais, recortados.
Despojado de qualquer motivo decorativo o portal axial é simples e encimado por três janelões, sendo o do meio maior e rematado com um nicho, com emolduramento entalhado, onde se expõe a imagem de Nossa Senhora do Carmo. A torre sineira apresenta ventanas rasgadas com arcos de volta perfeita e rematada por pináculos. O edifício conventual, a Sul, articula-se numa volumetria irregular, escalonada e articulada em torno de dois claustros.
Em 1834, e na sequência do decreto liberal que determinou a expulsão das ordens religiosas, a propriedade foi adquirida pelo Conde do Lavradio e transformada em residência.
Classificado como Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º 5/2002, publicado em 19 de Fevereiro).
Fonte Revista Tritão C.M.S.



(B) Nome oriundo da Quinta do Vinagre ali existente.

Quinta do Vinagre, Fausto e Requinte

Palco de acontecimentos faustosos e requintados, a Quinta do Vinagre, uma das mais emblemáticas casas-de-campo portuguesas, resistiu ao longo dos tempos a terramotos, abandonos e incêndios. Agora encontra-se no mercado imobiliário.
A Quinta do Vinagre, construída entre os séculos XVI e XVIII, foi adquirida em 1964 pelo casal Pierre e São Schlumberger, destinando-se a residência de Verão.
A família Schlumberger realiza grandes transformações: restaura e amplia o solar, reconstrói os jardins e aumenta a zona circundante que tem actualmente 42 hectares com vinhas e parques.
A casa foi mandada edificar por D. Fernando Coutinho, filho do camareiro-mor de D. João II, bispo de Lamego e de Silves, que institui o Morgadio do Vinagre. A sua herdeira, D. Isabel da Silva, casa com Rui Pereira da Silva, alcaide-mor de Silves. Em 1630 o morgadio é dissolvido e vendido a D. Gaspar de Sousa Lacerda da Silva, fidalgo da casa-real e comendador do hábito de Santiago. Esta família vai possuir a Quinta do Vinagre durante 300 anos, instituindo em 1730 o segundo morgadio, aliando-se por casamento a importantes casas nobres flamengas, escocesas e italianas.
As visitas reais sucedem-se, D. João V e a mulher D. Maria Ana, e D. Maria I, acompanhada pelo marido D. Pedro III, visitam a propriedade em 1708 e em 1777.
Em 1787, William Beckford conhece a quinta que o encanta. No seu célebre Diário descreve um “jardim ensombrado estende-se ao longo das margens de um ribeiro, no sopé de uma colina a pique, coberta de pinheiros, medronheiros e de grande variedade de arbustos odoríficos”.
A casa na época passava por grandes obras. Foi ampliada e engrandecida com terraços e grandes reservatórios de água.
O pátio, o solar desenvolve-se em L, cercado por uma galeria rústica de pedra, tem ao centro um tanque com dois leões de mármore segurando brasões, vestígios das obras primitivas.
A capela, transformada no século XVIII, mantêm azulejos rocaille e um retábulo com uma Pietá encimada por um Sagrado Coração, envoltos em talhas douradas neo-clássicas.

Fausto e declínio
A Quinta do Vinagre produz durante décadas o célebre vinho Colares Dique que era exportado para o Brasil.
Nos finais do século XIX, a Rainha D. Amélia visita inúmeras vezes a quinta e o açude inspira-lhe aguarelas, contando-se na família que era frequente, nas tardes de Verão, ouvir-se de repente a sua voz perguntando: “Morgadinha, dás-me merenda?”.
O Rei D. Carlos, que pintou uma vista da Quinta, chamava à proprietária D. Maria José Bandeira Dick a “morgada dos cabelos de ouro”.
Segundo relatos da época, o mansão guardava inúmeras preciosidades em móveis, porcelanas, pratas e têxteis.
A Senhora morre em 1932, aos 77 anos. A Quinta do Vinagre que se encontra hipotecada é herdada por duas sobrinhas que a vendem ao Estado.

A casa alberga de 1926 a 1938 uma instituição de crianças pobres.

A Quinta do Vinagre fica depois votada ao abandono.

Em 1940, o V Conde de Mafra, D. Francisco de Mello Breyner, e a mulher D. Maria Antónia Tedeschi, adquirem o solar muito degradado. O casal salva o solar e transformam-no em residência permanente até 1963.
Grandes obras
Pierre Schlumberger, cuja fortuna vinha de poços de petróleo em Houston, casara em 1961 com a portuguesa Maria da Conceição Diniz. O casal adquire a casa em 1964, iniciando grandes obras de ampliação e restauro dirigidas pelo arquitecto Pierre Barbe. Os trabalhos duram três anos e são executadas por duzentos operários.
As paredes são forradas a seda, os pavimentos revestidos a madeiras preciosas e mármores, os estuques são restaurados e são encomendados azulejos a Nuno de Siqueira. São abertos diversos salões decorados com inúmeras preciosidades, entre as quais pinturas de Picasso e Dubutett.. A casa tem 40 divisões, entre as quais 18 quartos. Os jardins são expandidos e decorados com esculturas de Henry Moore e Pimenta Beverly.
A diversidade e intensidade das festas dos Schlumberger tornaram a Quinta do Vinagre um símbolo da alta sociedade. Protagoniza, com frequência nos Anos 60, recepções e banquetes oferecidos nos seus requintados salões aos Duques de Windsor, Audrey Hepburn ou Gina Lollobrigida.
Festa famosa
A festa mais famosa ocorreu em 4 de Setembro de 1968, onde esteve presente a sociedade mundial. Entre os 1200 convidados destacam-se membros das casas-reais de Itália, Portugal e Holanda.
A recepção inicia-se pelas 23 horas e prolonga-se até de manhã. Os 200 empregados trajam casacos azul-celeste com aplicações prateadas, a ceia é servida pelo Hotel Ritz, as orquestras Milch Ryder e Los Argentinos animam o ambiente, centenas de gardénias vindas da Holanda e milhares de folhas de plátano oriundas do Canadá decoram o pavilhão erguido no jardim.
Jet-set mundial
Maria da Conceição Diniz, conhecida por São Schlumberger, vive entre Paris, Cap Ferrat e Nova Iorque.

Figura do jet-set mundial, integra o conselho do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e do Centro Pompidou em Paris, patrocina o restauro do quarto de Luís XIV em Versalles, colecciona pinturas de Mark Rothko, Robert Rauschenberge, Ad Reinhardt e Roy Lichtenstein, é retratada por Andy Warthol e Dali que também desenhou para ela um colar de esmeraldas e pérolas. Vestia exclusivamente alta-costura e foi patrona do estilista John Galliano.

Os mais íntimos dizem que ela lia muito, era muito atenta à política, gostava de ballett, mas não tinha grande julgamento das pessoas.
Em 1975, o Solar do Vinagre é parcialmente destruído por um grande incêndio, mas foi rapidamente reconstruído.
Nas décadas seguintes, a quinta conhece um apagamento e algumas vendas do recheio em leilão.
Pierre Schlumberger adoece e morre em 1986. A viúva enfrenta problemas na herança, o filho Paul-Albert desaparece prematuramente em 2001, as relações com a filha Vitória mostram-se complexas.
Em 1992 vendem-se inúmeros móveis franceses e um Nú de Bonnard num leilão na Sothbeys por 4 ,5 milhões de dolares, troca a mansão da Rua Férou por um enorme apartamento na Avenida Floquet, a casa do sul de França fica para os cinco enteados, e a Quinta do Vinagre para a filha.

São Schlumberger passa os últimos anos em Paris, onde continua a receber Yves Saint Laurent, Andy Warthol, Rudolf Nureyev, Christo, Jacques Chirac e Sylvester Stallone, Versace, Javier Prez de Cuéllar, duques de Bedford, entre outros. A 15 de Agosto de 2007 desaparece, aos 77 anos, vítima de Parkinson. O funeral decorre na Igreja de Saint-Pierre-du-Gros-Caillou, na presença da filha Vitória, do Conde de Paris, do empresário André Dunstetter, do príncipe Nicholas Dadeeshkeliani, do artista gráfico Philippe Morillon e de Maria, sua empregada de muitos anos.
A filha herda todos os seus bens, o projecto de uma fundação de apoio a jovens artistas e de legados aos amigos fora abandonado por Conceição Schlumberger no Inverno da vida.
A coleccão de arte de Pierre e São Schlumberger é leiloada pela Sotheby`s durante quatro dias em 2014, que os chamou de “dois dos colecionadores mais visionários do século XX”.
Ela comprava sempre trabalhos de jovens artistas nas exposições que visitava para que eles pudessem dizer que estavam na colecção Schlumberger.
Destacavam-se obras de Pierre Bonnard, Henri Matisse, Paul Mondrian, Picasso, Degas, Leger, Matisse, Monet, Bonnard, Seuret, Rothko, Rauschenberg, Liechtentein, Andy Warthol e Dali, cujo retrato de Senhora Schlumberger atingiu 575 mil euros.
A filha Vitória herda a Quinta do Vinagre, mas acaba por a colocar à venda na Sotheby`s por 17,5 milhões de euros.
O solar tem agora as salas vazias, as que no passado ostentaram grandezas e vidas invulgares cuja memória se dilui no tempo.
Fonte: MODA MODA, Editorial Vénus, Lda

Waypoints

PictographWaypoint Altitude 263 ft
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PictographWaypoint Altitude 402 ft
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