02 A Costa dos Anéis ooo Estoril (Tamariz) - Forte do Guincho (Abano)
near Estoril, Lisboa (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
A Costa dos Anéis
O projecto começou há muito, vai sendo concretizado sem pressas. Não há agenda, não sei nem quando nem onde termina.
A ideia é simples: partindo de minha casa em Algés rumo a Norte, sempre junto da água, cobrir a costa de percursos em anel. Os percursos tocam-se, pelo que quem quiser meter uma tenda às costas pode ignorar o "lado terra" de cada anel e seguir sempre à vista do Azul (não é legal acampamento nem bivouac em Portugal fora das áreas autorizadas, eu não disse nada 🙂 )
Todos os percursos são em anel menos o primeiro, porque não achei interesse algum e fechar anéis na zona urbana: por isso a primeira etapa é uma anel que se faz a pé de Algés ao Estoril e de comboio no regresso. Esta é também a etapa menos desafiante e menos documentada fotográficamente.
Quanto aos outros anéis, o início pode ser no extremo Norte ou, mais frequentemente, no extremo Sul. A escolha é ditada pelas nossas conveniências de momento ou, geralmente, por um pormenor logístico: lugar conveniente para estacionar a viatura.
AS ETAPAS
Clique neste link para a Etapa 01 onde pode consultar a lista de todas as etapas já feitas, bem como os links para os respectivas descrições e tracks no Wikiloc.
x--x
02 A Costa dos Anéis ooo Estoril (Tamariz) - Forte do Guincho (Abano)
Depois de uma primeira etapa atípica, em que o "anel" foi fechado por comboio, chega a vez do primeiro verdadeiro loop nesta Costa dos Anéis.
Saímos de casa, apanhamos o comboio em Algés e viajamos até ao Estoril, onde saímos. Começamos a caminhada logo ali, junto à praia do Tamariz, onde fomos recebidos por um sinal da GR11 / E9, a Grande Rota Europeia que segue o litoral do Velho Continente, desde o Cabo de São Vicente até Narva-Jõesuu na Estónia. São 5000km, dos quais hoje teremos um cheirinho.
Muito bonito este percurso, apesar de na sua maior parte ainda só pisarmos cimento, calçada ou asfalto. Belo, apesar da luz crua que nos banhou o dia todo e que não me deixou fazer fotos como gosto.
Um quase museu ao ar livre até saírmos de Cascais: Os diversos Palácios, a estátua de D. Carlos, a Cidadela, o belo Farol de Santa Marta e a Casa de Santa Maria, a Capela de São Sebastião...
Depois foram sempre as belas paisagens junto ao mar, passando logo à saída da cidade na mítica Boca do Inferno e depois o extenso campo de lapiás que nos acompanha até outro dos pontos notáveis da costa, o Cabo Raso, onde se erguem o Farol e o Forte de São Brás de Sanxete.
Pouco depois do Cabo Raso paramos a contemplar, lá no horizonte, o perfil imaculadamente branco do Farol do Cabo da Roca, onde na semana anterior tínhamos começado a caminhar para percorrer as contorcidas falésias costeiras até ao Forte do Guincho, um trilho que nos ficou na memória - e em muitas fotos: a etapa 3 da Costa dos Anéis.
Já mais adiante atravessamos a grande Praia do Guincho e pouco depois estávamos a chegar ao Forte das Velas (ou do Guincho), alcandorado num alto estratégico de onde se disfrutam de belas vistas.
Seguiu-se um trajecto sem história, o regresso pelo interior até à estação CP de Cascais, que nesta segunda etapa ainda é marcadamente urbano. Apenas a destacar a paisagem dunar da Cresmina. Trata-se de um sistema dunar de 66 hectares bastante interessante para os estudiosos porque graças aos contantes ventos de NW, as areias das praias do Guincho e da Cresmina são transportadas com violência para esta zona e seguem até se escaparem para o mar 5km mais abaixo, na zona da Guia. Os ventos tem aumentado de intensidade ao longo dos anos, favorecendo o avolumar dos depósitos de areia mais cada vez mais longe. Estima-se que o sistema dunar da Cresmina avança para Sul à média de 10 metros por ano.
A Praia do Tamariz
Situada ao fundo da Alameda do Casino do Estoril, a Praia do Tamariz foi conhecida como a Praia Elegante, frequentada pela alta sociedade que passava os verões na linha do Estoril. Possui um areal de declive suave de 190 metros de extensão, bem como uma piscina oceânica no seu extremo nascente.
Agora, por estar junto da estação do comboio e pelas suas águas tépidas (17 ~19ºC) é uma das praias mais concorridas de Cascais.
O seu nome vem das tamargueiras (tamarix), um arbusto ou árvore do deserto, que aparece em vários pontos do PNSC, alternando com caniços ou muros de pedra seca, na divisão da propriedade agrícola. Será que aqui junto da praia haveria um aglomerado delas?
Forte do Guincho
Também conhecido por Forte das Velas ou Forte do Abano, foi construído em 1642, integrando o conjunto das fortalezas que formavam uma cintura defensiva na costa de Cascais, construídas por ordem de D. António Luís de Meneses, governador da praça daquela vila na época pós-Restauração.
Assim se impediam desembarques no extenso areal da Praia do Guincho, ou na enseada da Praia do Abano.
Em linha de vista, permitia comunicação com o Forte do Cabo da Roca e o de S. Brás de Sanxete, no Cabo Raso.
A fortaleza desenvolve-se em planimetria rectangular, dividindo-se em dois espaços distintos, o menor do lado da terra, que correspondia aos alojamentos dispostos em torno de um pátio, e outro maior, a plataforma da bateria, que inicialmente albergava sete peças de artilharia.
Nos séculos XVIII e XIX o Forte do Guincho foi reformado em diferentes campanhas de obras, e em 1934 passou para a posse do Ministério das Finanças. Embora posteriormente tenha sido cedida ao Clube Nacional de Campismo, na actualidade a fortaleza encontra-se desocupada, sendo visível o seu estado ruinoso.
(informação bastante completa em https://historiaschistoria.blogspot.com/2016/04/forte-do-guincho-ou-das-velas.html)
O projecto começou há muito, vai sendo concretizado sem pressas. Não há agenda, não sei nem quando nem onde termina.
A ideia é simples: partindo de minha casa em Algés rumo a Norte, sempre junto da água, cobrir a costa de percursos em anel. Os percursos tocam-se, pelo que quem quiser meter uma tenda às costas pode ignorar o "lado terra" de cada anel e seguir sempre à vista do Azul (não é legal acampamento nem bivouac em Portugal fora das áreas autorizadas, eu não disse nada 🙂 )
Todos os percursos são em anel menos o primeiro, porque não achei interesse algum e fechar anéis na zona urbana: por isso a primeira etapa é uma anel que se faz a pé de Algés ao Estoril e de comboio no regresso. Esta é também a etapa menos desafiante e menos documentada fotográficamente.
Quanto aos outros anéis, o início pode ser no extremo Norte ou, mais frequentemente, no extremo Sul. A escolha é ditada pelas nossas conveniências de momento ou, geralmente, por um pormenor logístico: lugar conveniente para estacionar a viatura.
AS ETAPAS
Clique neste link para a Etapa 01 onde pode consultar a lista de todas as etapas já feitas, bem como os links para os respectivas descrições e tracks no Wikiloc.
x--x
02 A Costa dos Anéis ooo Estoril (Tamariz) - Forte do Guincho (Abano)
Depois de uma primeira etapa atípica, em que o "anel" foi fechado por comboio, chega a vez do primeiro verdadeiro loop nesta Costa dos Anéis.
Saímos de casa, apanhamos o comboio em Algés e viajamos até ao Estoril, onde saímos. Começamos a caminhada logo ali, junto à praia do Tamariz, onde fomos recebidos por um sinal da GR11 / E9, a Grande Rota Europeia que segue o litoral do Velho Continente, desde o Cabo de São Vicente até Narva-Jõesuu na Estónia. São 5000km, dos quais hoje teremos um cheirinho.
Muito bonito este percurso, apesar de na sua maior parte ainda só pisarmos cimento, calçada ou asfalto. Belo, apesar da luz crua que nos banhou o dia todo e que não me deixou fazer fotos como gosto.
Um quase museu ao ar livre até saírmos de Cascais: Os diversos Palácios, a estátua de D. Carlos, a Cidadela, o belo Farol de Santa Marta e a Casa de Santa Maria, a Capela de São Sebastião...
Depois foram sempre as belas paisagens junto ao mar, passando logo à saída da cidade na mítica Boca do Inferno e depois o extenso campo de lapiás que nos acompanha até outro dos pontos notáveis da costa, o Cabo Raso, onde se erguem o Farol e o Forte de São Brás de Sanxete.
Pouco depois do Cabo Raso paramos a contemplar, lá no horizonte, o perfil imaculadamente branco do Farol do Cabo da Roca, onde na semana anterior tínhamos começado a caminhar para percorrer as contorcidas falésias costeiras até ao Forte do Guincho, um trilho que nos ficou na memória - e em muitas fotos: a etapa 3 da Costa dos Anéis.
Já mais adiante atravessamos a grande Praia do Guincho e pouco depois estávamos a chegar ao Forte das Velas (ou do Guincho), alcandorado num alto estratégico de onde se disfrutam de belas vistas.
Seguiu-se um trajecto sem história, o regresso pelo interior até à estação CP de Cascais, que nesta segunda etapa ainda é marcadamente urbano. Apenas a destacar a paisagem dunar da Cresmina. Trata-se de um sistema dunar de 66 hectares bastante interessante para os estudiosos porque graças aos contantes ventos de NW, as areias das praias do Guincho e da Cresmina são transportadas com violência para esta zona e seguem até se escaparem para o mar 5km mais abaixo, na zona da Guia. Os ventos tem aumentado de intensidade ao longo dos anos, favorecendo o avolumar dos depósitos de areia mais cada vez mais longe. Estima-se que o sistema dunar da Cresmina avança para Sul à média de 10 metros por ano.
A Praia do Tamariz
Situada ao fundo da Alameda do Casino do Estoril, a Praia do Tamariz foi conhecida como a Praia Elegante, frequentada pela alta sociedade que passava os verões na linha do Estoril. Possui um areal de declive suave de 190 metros de extensão, bem como uma piscina oceânica no seu extremo nascente.
Agora, por estar junto da estação do comboio e pelas suas águas tépidas (17 ~19ºC) é uma das praias mais concorridas de Cascais.
O seu nome vem das tamargueiras (tamarix), um arbusto ou árvore do deserto, que aparece em vários pontos do PNSC, alternando com caniços ou muros de pedra seca, na divisão da propriedade agrícola. Será que aqui junto da praia haveria um aglomerado delas?
Forte do Guincho
Também conhecido por Forte das Velas ou Forte do Abano, foi construído em 1642, integrando o conjunto das fortalezas que formavam uma cintura defensiva na costa de Cascais, construídas por ordem de D. António Luís de Meneses, governador da praça daquela vila na época pós-Restauração.
Assim se impediam desembarques no extenso areal da Praia do Guincho, ou na enseada da Praia do Abano.
Em linha de vista, permitia comunicação com o Forte do Cabo da Roca e o de S. Brás de Sanxete, no Cabo Raso.
A fortaleza desenvolve-se em planimetria rectangular, dividindo-se em dois espaços distintos, o menor do lado da terra, que correspondia aos alojamentos dispostos em torno de um pátio, e outro maior, a plataforma da bateria, que inicialmente albergava sete peças de artilharia.
Nos séculos XVIII e XIX o Forte do Guincho foi reformado em diferentes campanhas de obras, e em 1934 passou para a posse do Ministério das Finanças. Embora posteriormente tenha sido cedida ao Clube Nacional de Campismo, na actualidade a fortaleza encontra-se desocupada, sendo visível o seu estado ruinoso.
(informação bastante completa em https://historiaschistoria.blogspot.com/2016/04/forte-do-guincho-ou-das-velas.html)
Waypoints
Monument
0 ft
Casa dos Almadas
Monument
0 ft
Estátua Dom Carlos I
Fountain
73 ft
Fonte
Waypoint
42 ft
Furnas
Monument
0 ft
Palacio Dos Duques de Loule
Monument
0 ft
Palacio Palmela
Waypoint
57 ft
Pedra da Nau
Pedra da Nau
Fountain
30 ft
Torneira
Fountain
117 ft
Torneira
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