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01-08-2021, Treino-04, Pedonal, 4 ALDEIAS

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Author

Trail stats

Distance
5.83 mi
Elevation gain
945 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
945 ft
Max elevation
686 ft
TrailRank 
32
Min elevation
686 ft
Trail type
Loop
Time
2 hours 54 minutes
Coordinates
1391
Uploaded
August 1, 2021
Recorded
August 2021
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near Ulgueira, Lisboa (Portugal)

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Itinerary description

4 ALDEIAS – Ulgueira, Casas Novas, Penedo e Almoçageme.


Trilho muito agradável de fazer particularmente pelas vistas de excelência que nos acompanham um pouco por todo o traçado.
Com partida da aldeia da Ulgueira junto à Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Ulgueira, esta igreja de fundação quinhentista, destaca-se, no exterior, por um singular portal maneirista, datado de 1566. O pórtico constitui-se a partir de uma desenvolta “serliana”, cujo frontão recortado apresenta arrojada e erudita concepção, provavelmente da autoria de Francisco de Holanda, assim como a pia de água benta conservada no interior, representando uma pátera.
Este templo, de nave única coberta com abóbada de berço, revela uma significativa campanha setecentista, sobretudo ao nível da capela-mor, onde se evidencia o revestimento cerâmico das paredes, com azulejos figurativos, a azul e branco, e a pintura do teto, datada já de finais do século XVIII, representando Nossa Senhora da Conceição.
Encontra-se classificada como Monumento de Interesse Público desde 2012.

A primeira parte deste trilho efectuado em piso descendente de macadame muito degradado e solto, que aconselha a utilização de bastões de caminhada, certamente também uteis na subida posterior que se avizinha.
Cerca de 1600 m depois é efectuado o primeiro atravessamento da N247 para pouco depois passar o lugar de Casas Novas e daí, por um singular caminho, subir até à Capela de Santo António do Penedo.
Esta Capela primitivamente invocou também Nossa Senhora das Mercês, terá sido construída no século XVI, época de pleno florescimento daquela aldeia.
Na esguia e sóbria frontaria destaca-se o portal encimado por um clássico frontão triangular, ao qual se sobrepõe um nicho onde se preserva uma imagem do santo padroeiro.
No interior, de nave simples, destaca-se o revestimento integral das paredes com azulejos de tipo tapete policromos (cerca de 1628), enquadrando sete painéis figurativos que representam alguns passos da hagiografia do santo lisboeta. A abóbada de canhão que cobre a nave encontra-se ornada com caixotões relevados de estuque colorido. Um bem lançado arco triunfal conduz à capela-mor, cuja feição e decoração azulejar actuais remontam, muito provavelmente, a 1647, ano em que foi instituída por Francisco Nunes Dias.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1961.
A descida para Colares é efectuada pela Rua da Costa, refira-se mais trilho que Rua, porem também apresenta vistas de excelência, ao caso, para a Serra de Sintra.
Depois de sair da Rua da Costa e passar sob o arco da Quinta do Mazziotti, correspondente ao palácio onde viveu e trabalhou o sábio bacteriologista Carlos França (1877-1926) descemos ainda um pouco na Rua Cândido dos Reis, vulgo estrada do Penedo, para antes, do pelourinho e antiga escola primaria, (que merecem visita), virar para Rua da Quinta do Conde seguindo até ao belo portal da Quinta do Pompeiro, antiga propriedade do ex presidente da C.M.S. Comendador João Justino.
Tendo a Quinta do Pompeiro feito parte da Quinta do Mazziotti era natural que existisse alguma proximidade entre ambas, algo que no ano de 2000 acabou por despoletar uma “guerra” célebre na zona que no final deste texto transcrevo.
Entrado no Caminho do Corvo, depois de passar o arco da Quinta do Pompeiro seguimos por um caminho em macadame que mais à frente evidencia registos pontuais de calçada aparentando ser bastante antiga.
Posteriormente, depois da passagem por uma pequena ponte, alarga o caminho terminado com o segundo atravessamento da N 247 para entrar no caminho fronteiro que conduz até Almoçageme, localidade que é contornada para seguir para a Rua da Praia da Adraga, que pouco depois deve ser abandonada para entrar na Estrada da Bica.
Presumo que esta tipologia apenas refere um pouco do caminho que entra em sentido ascendente até ao ponto de chegada, o centro da Ulgueira.
Esta parte do caminho pauta-se na sua parte final pela nobreza das vistas.

Tempo total: 2:54:48
Tempo em movimento: 2:35:09
Média: 18:21 min/km
Ganho elevação: 300 m
Perda elevação: 69 m

Este caminho é autoria de Christine Lundmark, estando no Wikiloc com a denominação, 4 Aldeias Ulgueira, Panedo, Velho Colares/Colares, Almocageme

SI


A guerra da Quinta do Pombeiro vs Quinta Mazziotti.
Luís Filipe Sebastião
Jornal Público, 25 de Janeiro de 2000

A Quinta do Pombeiro já fez parte da Quinta Mazziotti. Por isso, será natural que os edifícios da quinta original tenham janelas abertas para a outra propriedade. Mas um ex-autarca não pensa assim e mandou tapar as janelas à vizinha, sem qualquer licença. A Câmara de Sintra olha para o lado.
O ex-presidente da Câmara de Sintra, João Justino, anda de candeias às avessas com uma vizinha, a quem pretende tapar todas as janelas abertas para a sua propriedade em Colares. O caso já meteu a GNR, com uma queixa contra o empresário por causa da destruição do beirado de um telhado. O ex-autarca alega que as obras na casa ao lado lhe tiram privacidade e que ninguém o pode impedir de levantar as vedações que entender.A antiga Quinta Mazziotti-França, em Colares, é considerada um valioso testemunho da arquitectura rural setecentista, razão pela qual se encontra em vias de classificação como imóvel de interesse público. Mas a quinta foi dividida em três propriedades. A Quinta Mazziotti corresponde actualmente ao palácio onde viveu e trabalhou o sábio bacteriologista Carlos França (1877-1926). Uma parte dos jardins, com um fontanário barroco, situa-se na Quinta do Pombeiro, adquirida em 1988 pelo empresário e comendador João Justino.Entretanto, em Setembro passado, iniciou-se a recuperação de uma velha adega da Quinta Mazziotti. Para tal, foi solicitada à autarquia uma isenção de licença para "consolidação das paredes existentes e restauro do telhado". O Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar) deu, por seu turno, em Novembro, uma aprovação condicionada ao projecto de alteração da propriedade. Os técnicos do património só não concordaram com a introdução de "veluxes" (janelas basculantes de tecto) na cobertura do palácio e anexo - "elemento dissonante e perturbador da leitura geral do conjunto" - e com a implantação de uma piscina, num manto verde de "qualidade paisagística notável".A proprietária, Susana Serra Ribeiro, garantiu corrigir o projecto de acordo com as recomendações do Ippar. Mas a recuperação da Mazziotti não tem sido fácil. Segundo Susana Ribeiro, no fim de Novembro, João Justino ameaçou-a de que "ou tapava todas as janelas viradas para o terreno dele ou mandava embargar as obras, assim como qualquer projecto que tivesse na câmara".Na falta de cumprimento da exigência do vizinho, a resposta deste não tardou. Praticamente encostado a duas paredes da adega, junto a uma área arborizada do lado do Pombeiro, foi levantada uma parede de tijolo a tapar as janelas e as frestas do primeiro e segundo pisos daquele anexo da Mazziotti, a um palmo dessas aberturas. E, junto ao antigo muro que separa as duas propriedades, foram abertas fundações para um novo muro, também sem licença. A vizinha resolveu denunciar a situação à fiscalização municipal. Só que, quando os fiscais lhe apareceram, alegaram nada poder fazer quanto ao muro, por ninguém lhes ter facultado o acesso à Quinta do Pombeiro, e embargaram as suas obras na Mazziotti.De acordo com o auto de embargo, as obras em curso - colocação de uma laje em pré-esforçado e divisão interior dos dois pisos - estavam a ser executadas "sem licença municipal". Na altura, o imóvel encontrava-se destelhado, com o madeiramento novo a descoberto, ficando à mercê das intempéries em consequência do embargo. A proprietária justificou a colocação da placa como "a melhor maneira de unir e segurar as quatro paredes", antes amparadas por esticadores em ferro. Contudo, o embargo foi decretado com urgência, "perante a circunstância de a continuação dos trabalhos implicar sérios riscos para a segurança".Cansada de esperar pela actuação municipal, a proprietária da Mazziotti mandou demolir parte do muro do vizinho, que lhe tapava as janelas. "É ridículo que ele me mande tapar as janelas, quando construiu um terraço em cima da minha propriedade", queixa-se Susana Ribeiro, aludindo ao uso dado ao topo da adega do Pombeiro, aproveitado para conseguir vistas sobre a vizinhança e a várzea colarense. Mas os problemas não são de agora. A proprietária recuou ao Natal de 1998, quando o vizinho, sem avisar, lhe "cortou a fossa" da casa principal. E aguarda ainda o desenrolar da acção que o comendador intentou reivindicando o direito de propriedade sobre os 43 metros quadrados do acesso à cozinha do palácio."Os meus advogados acham que isso foi uma tentativa para impedir a venda desta quinta", adiantou Susana Ribeiro, que adquiriu a propriedade há cerca de dois anos com a reserva de ser indemnizada caso tenha de ceder a passagem. Mesmo que considere a hipótese caricata, pois ficaria com a porta da cozinha "no ar". Porém, talvez por não esperar muito da acção, João Justino mandou abrir, poucos dias antes do último Natal, as fundações para uma vedação ao longo do pequeno muro que separa a sua quinta do corredor de acesso à cozinha da vizinha. Mais uma obra sem licença e que a proprietária da Mazziotti teme destinar-se a vedar-lhe a dezena de janelas do palácio viradas para a Quinta do Pombeiro.Já este mês, a GNR de Colares foi chamada para tomar conta da destruição do beirado do telhado da adega da Mazziotti, obra entretanto desembargada. "O caseiro do senhor Justino disse aos guardas que foi o patrão que mandou deitar o beirado abaixo com um pau", contou Susana Ribeiro. Um responsável da GNR confirmou a queixa e disse que o caso vai ser investigado em inquérito."Estou dentro da minha propriedade. À base da lei faço o que entender", respondeu João Justino, em finais de Dezembro, acerca das razões que o levam a tapar as janelas vizinhas. "Dantes aquilo era uma adega, mas agora vão fazer ali umas moradias e vai haver movimento", justificou-se, acrescentando que as fundações junto ao palácio se destinam a uma vedação que não seja facilmente transposta como o pequeno muro existente. Referiu ainda que a vedação será "da altura que quiser" e que a fará quando lhe "apetecer". O ex-autarca responsabiliza a vizinha por uma alegada denúncia ao Ippar a propósito da construção de uma capela por ele erguida sem licença camarária nem do Ippar e escusou-se a mais explicações, concluindo: "Então ela está a alterar uma adega sem autorização e vêm é ter comigo?"Na Câmara de Sintra, a vereadora responsável pela fiscalização municipal, Paula Alves (PS), contactada desde há cerca de um mês através do gabinete de imprensa camarário, limitou-se a dizer que o caso está nos serviços jurídicos e escusou-se, até agora, a esclarecer se as obras do Pombeiro foram, ou não, embargadas. Por seu lado, a presidente da autarquia, Edite Estrela - a quem João Justino tem emprestado para sede da sua candidatura eleitoral o edifício do antigo Sintra-Cinema, na Portela -, afirmou desconhecer o caso. Mas não acredita que a fiscalização não actue por se tratar do ex-autarca. "Só se for algum funcionário do tempo em que ele era presidente", desabafou.O Ippar recebeu, entretanto, duas cartas por causa da Quinta Mazziotti. Uma da sua proprietária a queixar-se do vizinho e outra de João Justino acusando a vizinha de destruir o património…

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