Sonho Verde (GO) a Brasília (DF)
near Domiciano Ribeiro, Goiás (Brazil)
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Diário de bordo. 24° [e último] dia. Hotel Sonho Verde a Brasília (DF). 166 km. Deixei o Hotel Sonho Verde, localizado no km 128 da BR-050 às 9h 20. Cheiro de chuva no ar. O dia prometia. Até Cristalina (GO), foram 32 quilômetros em subidas leves [e longas], que se intervalaram com trechos planos. Cheguei à cidade dos cristais às 11h 20. Parei no Posto Lamar para almoçar. E a chuva começou. Inicialmente fraca e logo engrossou. De nada adiantaria ficar parado esperando melhoras no tempo. As nuvens cor de chumbo e muito baixas não deixaram dúvidas: teria tempo ruim pela frente. Vesti casaco impermeável e segui no rumo de Brasília. Passei pelo Posto JK, no meu través leste, ponto no qual se situa a maior altitude do dia: 1.250m. A partir daquele ponto, a estrada [BR-040] inclina levemente para baixo e assim se mantém pelos 28 quilômetros seguintes. Passei pelo último pedágio e pedalei forte, aproveitando o traçado em declive até a Ponte sobre o Rio Furnas. Fiz esse trecho em uma hora. E a chuva castigando. Parei na Pamonharia Acantus, degustei delicioso pão com linguiça e pé da estrada. Logo à frente, atravessei o Rio São Bartolomeu que, naquele ponto, marca a divisa dos municípios de Cristalina (GO) e Luziânia (GO). E tome chuva. Veio um trecho duplicado da BR-040, que ainda não foi liberado ao tráfego. Reinei absoluto por uns 15 quilômetros. Quando veio a serra chamada Mané Preto, uma borda de chapada com 4 quilômetros de ascensão, a água descia com força pela calha lateral da estrada. Cheguei a Luziânia (GO) por volta das 16h. E veio a parte mais perigosa do dia: atravessar os municípios do Entorno, com trânsito frenético, pedestres desatentos caminhando pelo acostamento e muita, muita chuva. Às 18h passei pela divisa GO/DF. Daquele ponto à minha casa, são exatos 38 quilômetros. E a chuva castigando. Quando entrei no Eixão Sul, mais parecia que a cidade estava sob dilúvio bíblico. Tesourinhas alagadas, carros enguiçados e passagens de pedestres submersas. Apesar do caos, cheguei bem à porta da garagem do meu prédio pouco antes das 20h. Sentia os ossos molhados. Mas cheguei bem. Obrigado a todos que acompanharam, comentaram e deram força. Ao todo foram 1.713 quilômetros percorridos e 23 mil metros de ascensão. Ou seja, subi, em 24 dias de pedal, quase três Himalaias. Nada mal. Não foi possível tirar mais fotos por conta das chuvas.
Parabéns pela jornada amigo!