Cocais a Catas Altas
near Cocais, Minas Gerais (Brazil)
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Trail photos
Itinerary description
Estrada Real (Caminho dos Diamantes).
Diário de Bordo, 5º Dia (17.06.2014, trecho:Cocais (MG) a Catas Altas (MG).
O pedal de hoje começou bem. Na saída de Cocais, 3 km morro acima, sem tréguas. Bom aquecimento para as pernas logo cedo. No km 3, parei para conhecer a primeira atração do dia: o Sítio Arqueológico da Pedra Pintada. Uma propriedade na qual existem diversas inscrições nas rochas sedimentares do lugar. Pesquisadores acreditam que se tratava de um grupo nômade, de caça, de passagem pela região há uns 6.000 anos.Diante de uma vista inesquecível, a 1.200 metros de altitude, o guia - Sr José Roberto - mostra, nos paredões, as figuras gravadas com pigmentos de terra: onças, lobo-guará, peixes, veados e outros animais. Há a figura de uma criança e a cena de um parto. Valeu demais conhecer esse lugar. Na entrada existe um cartaz com os seguintes dizeres: "aqui nós nos divertimos há mais de 6.000 anos". Muito criativa a mensagem. Terminada a visita, voltei a subir, subir e subir um pouco mais até entrar em outra floresta de eucaliptos. Quando o GPS marcou 1.300 metros de altitude, o terreno inclinou para baixo, uma descida alucinante de 4 km me levou ao perímetro urbano de Barão de Cocais. Após passar sob a ponte ferroviária da FCA, veio uma leve subida em forma de rampa e, ao vencê-la, uma visão impressionante: o Maciço do Caraça, belo, imponente, majestoso, grandioso e tantos outros adjetivos que aqui caibam. Almocei, me livrei da confusão do trânsito por conta de jogo do Brasil X México e parti para a segunda atração do dia: o Bicame de Pedras, 4 km antes de Catas Altas. Trata-se de um aqueduto feito em 1792 com pedras empilhadas no antigo Arraial do Quebra Ossos. Servia para captação de água do alto da Serra do Caraça, que era destinada à lavagem de minérios e cascalhos, como parte do sistema de exploração aurífera dos séculos XVIII e XIX. Para a obra do aqueduto foi gasto uma arroba de ouro, equivalente a 15 kg. É a terceira vez que passo por esse lugar. E quantas vezes eu ainda tiver que passar, não deixarei de admirar essa obra maravilhosa, na qual as pedras foram encaixadas perfeitamente; nada de cimento ou argamassa. Quase escurecendo, cheguei a Catas Altas. A cidade estava deserta por conta do jogo [muquirana] do Brasil com México. Quanto mais o viajante se aproxima de Catas Altas, o Caraça se agiganta, se impõe e se mostra em toda plenitude. Enquanto eu pedalava por lugares maravilhosos - a começar pela beleza e imponência do Maciço do Caraça - muitos dedicavam tempo para ver um jogo à meia boca. Faltam 4 dias para o inverno.
Diário de Bordo, 5º Dia (17.06.2014, trecho:Cocais (MG) a Catas Altas (MG).
O pedal de hoje começou bem. Na saída de Cocais, 3 km morro acima, sem tréguas. Bom aquecimento para as pernas logo cedo. No km 3, parei para conhecer a primeira atração do dia: o Sítio Arqueológico da Pedra Pintada. Uma propriedade na qual existem diversas inscrições nas rochas sedimentares do lugar. Pesquisadores acreditam que se tratava de um grupo nômade, de caça, de passagem pela região há uns 6.000 anos.Diante de uma vista inesquecível, a 1.200 metros de altitude, o guia - Sr José Roberto - mostra, nos paredões, as figuras gravadas com pigmentos de terra: onças, lobo-guará, peixes, veados e outros animais. Há a figura de uma criança e a cena de um parto. Valeu demais conhecer esse lugar. Na entrada existe um cartaz com os seguintes dizeres: "aqui nós nos divertimos há mais de 6.000 anos". Muito criativa a mensagem. Terminada a visita, voltei a subir, subir e subir um pouco mais até entrar em outra floresta de eucaliptos. Quando o GPS marcou 1.300 metros de altitude, o terreno inclinou para baixo, uma descida alucinante de 4 km me levou ao perímetro urbano de Barão de Cocais. Após passar sob a ponte ferroviária da FCA, veio uma leve subida em forma de rampa e, ao vencê-la, uma visão impressionante: o Maciço do Caraça, belo, imponente, majestoso, grandioso e tantos outros adjetivos que aqui caibam. Almocei, me livrei da confusão do trânsito por conta de jogo do Brasil X México e parti para a segunda atração do dia: o Bicame de Pedras, 4 km antes de Catas Altas. Trata-se de um aqueduto feito em 1792 com pedras empilhadas no antigo Arraial do Quebra Ossos. Servia para captação de água do alto da Serra do Caraça, que era destinada à lavagem de minérios e cascalhos, como parte do sistema de exploração aurífera dos séculos XVIII e XIX. Para a obra do aqueduto foi gasto uma arroba de ouro, equivalente a 15 kg. É a terceira vez que passo por esse lugar. E quantas vezes eu ainda tiver que passar, não deixarei de admirar essa obra maravilhosa, na qual as pedras foram encaixadas perfeitamente; nada de cimento ou argamassa. Quase escurecendo, cheguei a Catas Altas. A cidade estava deserta por conta do jogo [muquirana] do Brasil com México. Quanto mais o viajante se aproxima de Catas Altas, o Caraça se agiganta, se impõe e se mostra em toda plenitude. Enquanto eu pedalava por lugares maravilhosos - a começar pela beleza e imponência do Maciço do Caraça - muitos dedicavam tempo para ver um jogo à meia boca. Faltam 4 dias para o inverno.
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